Mesmo sem querer, suas atitudes podem influenciar seus filhos a serem consumistas. Veja como agir para mudar essa realidade!

Você vive reclamando que não tem dinheiro, mas vira e mexe aparece em casa com sacolas de roupas ou, ainda, compra produtos supérfluos com seus filhos a lado, que veem você parcelar as compras, combinando o cheque com o cartão de crédito, só para conseguir levar a blusa que você tanto gostou. Aos olhos da criança, a mensagem é que, mesmo sem dinheiro, é possível comprar o que se deseja. Como pai ou mãe, ainda que não intencionalmente, você está influenciando seu filho ao consumismo e ainda o fazendo acreditar que o consumo é algo mágico, bastando passar o cartão. “Para educar financeiramente uma criança os pais precisam ter em mente a importância dos seus próprios atos. A educação precisa ser sempre pautada em regras e limites para que a criança aprenda a perceber as consequências de cada atitude”, diz o psicólogo Yuri Busin. E isso se faz não apenas com palavras, mas especialmente com atitudes, dando o exemplo.

Abaixo listamos algumas ações para guiar os pais na missão de educar os filhos financeiramente e também evitar que se transformem em adultos impacientes, ansiosos pelo consumo imediato, cheios de dívidas e problemas financeiros.

Como evitar e combater o consumismo em crianças

“Estabelecer valores éticos e padrões comportamentais para as crianças de hoje (especialmente as de até 8 anos) demanda uma postura incansável de se autoconhecer e conhecer os outros ao nosso redor. Afinal, nós, adultos, também estamos sujeitos a toda gama de influências e artimanhas publicitárias e temos que discernir por nós e pelas crianças. Não podemos esquecer que, apesar de essa nova geração se comportar como “adultos consumidores”, ainda assim são crianças moldando sua personalidade e identidade e, como tal, incapazes de estabelecer decisões maduras e racionalmente adequadas. Dar limites aos filhos talvez seja uma das mais corajosas maneiras de amá-los”, diz a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva em seu livro “Mentes consumistas” (Ed. Principium). Ou seja, é preciso combinar o exemplo com regras e limites.

Diferencie o que é necessário, supérfluo e desperdício

Paute o que compra para seu filho a partir da relação entre o necessário, o supérfluo e o desperdício. “Se o seu filho gosta de surfar, ter uma prancha pode ser necessário, mas ter uma prancha de marca é supérfluo. E se ele nem vai à praia, aí ter uma prancha é simplesmente um desperdício”, explica Celina Machado, educadora financeira e PhD em psicologia cognitiva em seu livro “Filhos: seu melhor investimento” (Ed. Elsevier). Com isso em mente, fica mais fácil decidir o que dar e o que não dar à criança.

Não exclua a criança das finanças da casa

Explique ao seu filho o que você faz para ganhar dinheiro, aproveitando para falar sobre as contas da casa que são pagas mensalmente. Neste contexto, envolva a criança na renda familiar, estimulando-a a economizar água, luz, gás e telefone, para que, ao final do mês, sobre um dinheirinho que, quem sabe, pode ser guardado para um passeio especial ou uma TV maior, que todos aproveitariam. Mesmo as crianças mais novas conseguem entender esse conceito, de guardar para ter mais depois, basta apenas adaptar sua linguagem.

Não dê muitos presentes

Lembre-se que crianças costumam ganhar presentes de muita gente: avós, tios, vizinhos. Você não precisa enchê-la de coisas. Isso só faz com que a criança comece a achar que é sua obrigação lhe dar presentes e também, com o tempo, acabe não dando valor ao que ganha.

Diga “não”

Mesmo se você puder dar ao seu filho tudo o que ele deseja, às vezes é importante dizer “não”. “Com autoridade e uma dose de carinho, os pais podem dizer ‘eu entendo, você está triste porque quer um jogo novo. Mas eu não posso te dar’. E não dê mesmo. Dessa forma está ensinando seu filho a esperar, lidar com frustrações, a respeitar os acordos e, especialmente, está ensinando seu filho a lutar pelo que ele quer”, ensina Celina Macedo. Neste cenário, aproveite também para, quando for o caso, explicar que ele não deve querer algo só porque os colegas têm ou porque é moda, ressaltando que o valor de uma pessoa está no ser e não no ter.

TV e diversão: fique de olho!

Muitas das influências em termos de marcas e desejos das crianças vêm da TV, dos desenhos e programas que assistem (também YouTube). Por isso, é importante ficar de olho no que seu filho assiste na TV, até para entender de onde vem seus pedidos, personagens, referências. Se possível, evite deixar seu filho tanto tempo em frente a tais programas e comerciais que estimulam o consumo. Procure promover atividades divertidas que não envolvam gastar dinheiro, como brincar com os amigos, ler livrinhos, desenhar, jogar e outras coisas que não só o afastem da TV, como contribuam para que ele não associe diversão a programas pagos.

Como evitar e combater o consumismo em adolescentes

Os pais incentivam o consumismo quando dão o que o filho pede só para não ter aborrecimento, ou quando não fazem pesquisa de preço, como se fosse fácil pagar qualquer quantia por qualquer coisa, passando a ideia de que o importante é ter o que se quer. Mais velho, o adolescente já entende conceitos como salário, como funciona o cheque, o cartão de crédito, parcelamento de compras, que existem itens considerados de luxo, “mais importantes” que outros. E, mais do que tudo, o adolescente está na fase de ter seus desejos e vontades fortemente pautados pelo meio externo.

Decida os limites de forma conjunta

A melhor maneira de colocar limites é deixar claro ao jovem a situação financeira da família. Os pais devem decidir o quanto da renda familiar pode ser destinado para as vontades do jovem e conversar com ele sobre o assunto, com sinceridade, estabelecendo prioridades. O adolescente não deve ser superprotegido das dificuldades financeiras da família, mas também não pode ser responsabilizado por algo que não pode resolver. Estando à par do dinheiro da família e sabendo o quanto pode gastar, ele consegue se programar e também entender seu real padrão de vida.

Entenda a realidade dele, mas deixe claro seus valores

Em especial nesta fase, é importante que os pais ensinem aos seus filhos conceitos como confiança, autenticidade e generosidade. Isso porque, influenciado pelo meio externo (amigos, mídia, publicidade, indústria do entretenimento), o adolescente pode sentir necessidade de ser outra pessoa, como alguém que admira, para fazer parte da turma e ser reconhecido. E neste pacote, frequentemente, vêm junto determinados tipos roupa, tênis, cabelo, apetrechos tecnológicos, festas etc. É preciso entender essa urgência de ter todas essas coisas, mas, ao mesmo tempo, os pais devem dialogar com os filhos sobre seus valores de vida e as prioridades da família. Ajude-o a entender que ele não precisa de tudo isso para ser especial e que tornar-se um adulto admirável não depende das coisas que ele compra e usa.

Não se realize através de seu filho

“Meu filho terá tudo o que eu sempre quis e não pude ter”. Na adolescência, quando o jovem começa a se aproximar da fase adulta, com sua própria vida social, profissional e financeira, fica ainda mais visível a ideia de alguns pais de viverem através dos filhos. Como os pais muitas vezes também estão imersos na lógica do consumo e da aparência, é comum que incentivem os adolescentes a se “vestirem bem”, se arrumarem, frequentarem os lugares da moda, etc. Há pais, inclusive, que se endividam apenas para poder dar aos seus filhos a vida que queriam ter tido e não tiveram, o que inclui desde roupas de grifes conhecidas, entradas para shows e festas caríssimas até viagens. Pense que um dos motivos que as pessoas gastam tanto com coisas que as farão pertencer ao grupo que desejam é porque é mais fácil ter do que ser. É mais fácil comprar uma roupa que a faça parecer confiante do que de fato ser uma pessoa confiante. Por isso o consumo tem tanto apelo, especialmente nos adolescentes. O papel dos pais, então, é justamente desestimular essa associação, trabalhando não só a autoconfiança dos filhos como a sua própria.

Cuidado com as palavras

“Você viu o carro dele? Certeza que é rico”, “não quero comer aqui, lugar de pobre”, “estou triste, vamos fazer umas comprinhas”. Frases como essas são extremamente perigosas. Seja ou não de brincadeira, os pais devem tomar cuidado com o que dizem sobre situações do dia a dia e também sobre os outros. Não adianta pedir que seu filho não se importe tanto com coisas de marcas quando você diz coisas como “tá barato então deve ser ruim”.

Fonte: Meu Bolso Feliz

Saiba mais em: https://yuribusin.com.br

 

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