Quem tem dívidas sabe (ou deveria saber) que uma das grandes dicas para diminuir o endividamento é procurar formas de financiamento com juros menores. Por exemplo, parar de utilizar o cheque especial ou o crédito rotativo do cartão de crédito e procurar um financiamento pessoal.
Outra forma é pesquisar e procurar empréstimos e financiamentos em várias instituições financeiras, buscando as com melhores condições. E neste ponto o governo deu uma grande ajuda ao implantar a Portabilidade do Crédito, no final de 2006.
Com ela você pode transferir a sua dívida de uma instituição financeira para outra, que ofereça uma oferta melhor.
A novidade é que agora há novas regras que entrarão em vigor para ajudar ainda mais o consumidor. Por exemplo, os bancos terão até cinco dias úteis para oferecer uma nova condição, mais vantajosa, para o cliente que quiser transferir a sua dívida. Se esta oferta não ocorrer neste prazo, a migração será automática.
Além disso será proibido o repasse de qualquer tipo de custo para a realizar transferência.
O prazo de pagamento das parcelas, porém, não poderá ser alterado pela Portabilidade de Crédito, somente os juros cobrados.
São boas notícias que visam facilitar e eliminar a burocracia para o usuário que busca melhores condições dos serviços financeiros, e certamente irá gerar uma maior concorrência entre os bancos. Mas é preciso que você tome a iniciativa de pesquisar e pedir a transferência dos empréstimos.
Dicas para transferir sua dívida e economizar nos juros!
Um dos grandes segredos de uma vida financeira equilibrada é tratar o endividamento com muita cautela e atenção. Nem todo tipo de dívida é necessariamente ruim, mas é certo que a grande maioria das pessoas acaba se endividando em financiamentos “turbinados” com altas taxas de juros.
Para tentar sair desta situação de dívidas com altos juros, além de se realizar um bom diagnóstico, uma boa alternativa é transferir a sua dívida para alguma outra instituição financeira que cobre juros mais amigáveis.
A seguir, algumas dicas praticas para você fazer esta transferência, também chamada de “portabilidade de dívida”, e melhorar o seu controle financeiro:
1) Analise sempre o CET (Custo Efetivo Total) da nova dívida
Na hora de comparar as ofertas de crédito das diversas instituições financeiras, é preciso analisar não somente os juros cobrados, mas também todos as taxas e impostos envolvidos. E o CET (Custo Efetivo Total) dá exatamente esta informação.
Além disso, procure saber se haverá algum outro custo associado que eventualmente não esteja computado no CET. Por exemplo, um banco pode exigir que você abra uma conta para conceder o empréstimo, o que pode gerar aquelas cobranças de mensalidade.
2) A portabilidade é gratuita e garantida por lei
Não há custo específico para você realizar a portabilidade, tome apenas cuidado para eventuais gastos envolvendo a abertura de cadastro na nova instituição ou se houver alguma tarifa para a liquidação antecipada da dívida prevista no seu contrato atual.
As instituição são também obrigadas a acatar o seu pedido de portabilidade para outra instituição (veja algumas informações no site do Banco Central). Por isso, se você tiver dificuldade em realizar esta operação, não desista e denuncie a prática na própria instituição (SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente), ao Banco Central e ao Procon.
3) Não contrate um novo empréstimo
É fácil confundir a portabilidade com a contratação de um novo empréstismo, por isso preste muita atenção na hora de fechar o negócio. Novos empréstimos irão gerar uma cobrança adicional de IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) e eventualmente de novas taxas.
4) Você não é obrigado a “comprar” nenhuma outro serviço
Uma prática comum é a instituição financeira aceitar a transferência da nova dívida somente se você adquirir algum outro produto, como um consórcio ou um Título de Capitalização. Lembre-se que você não tem nenhuma obrigação de aceitar estas condições! E se houver insistência, denuncie.
Bons negócios!
Fonte: Minhas Economias
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