Educação financeira infantil vai desde ensinar a consumir conscientemente a dar mesada e mostrar as contas da casa!

Nunca é cedo demais para ensinar as crianças e adolescentes a agirem de forma consciente e responsável em relação ao dinheiro. A educação financeira infantil contribui para uma vida adulta mais saudável e estável.

Junto com os conceitos sobre responsabilidade financeira, é preciso mostrar que o consumismo desenfreado não é um hábito saudável. Assim, será mais fácil para eles controlarem os impulsos e fazerem escolhas mais conscientes quando crescerem.

Quer saber mais? Confira dicas da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, e do educador financeiro José Vignoli, sobre como abordar o assunto com os pequenos:

Mesada

Uma das mais maneiras mais eficientes de ensinar os filhos a lidarem com dinheiro é usar o sistema de mesada. Estabeleça um valor fixo com frequência definida para eles, que pode mudar dependendo da idade, e ensine-os a economizar para comprarem aquilo que desejam.

Ensine sobre gastos imediatos, como ingressos de cinema, e gastos de maior valor. “Conforme a criança amadurece, pode-se aumentar os valores e o intervalo de tempo: semanada, quinzenada, mesada. A quantia vai depender dos gastos, da rotina que a criança tem e, claro, dos limites financeiros da família”, diz Marcela.

Planejamento para executar

Dizer às crianças que é preciso controlar o dinheiro que se tem é importante, mas é só com o ensinamento prático e o exemplo que isso irá se tornará um hábito. “Se os pais são organizados financeiramente, naturalmente, vai ser mais fácil para a criança ter uma relação saudável com o dinheiro”, explica Marcela.

Por isso, a dica é que os pais se sentem com os filhos e ajude-os a fazerem um planejamento básico, estabelecendo o valor que querem guardar e o quanto já gastaram. Isso faz parte da educação financeira infantil e evita que eles consumam toda mesada rapidamente.

É preciso também explicar que as conquistas da família estão atreladas ao planejamento financeiro. “Quando a família fizer uma viagem no feriado, por exemplo, é legal dizer para os filhos que ela só está sendo possível porque os pais guardaram dinheiro ao longo dos últimos meses”, sugere a economista.

A cada mês, pode-se ainda ir mostrando às crianças quanto dinheiro já tem na reserva financeira separada para a televisão nova da família, por exemplo. O exemplo do negativo também serve. “Crianças, este mês só poderemos comer pizza em um final de semana, porque no mês passado gastamos demais, e agora temos que nos reequilibrar. Podemos contar com vocês? Alguém tem alguma outra ideia do que fazer para economizarmos?”, sugere Marcela.

Poupar para ter no futuro

Dar um cofrinho de presente aos filhos é uma excelente forma de ensiná-los o quão produtiva pode ser uma poupança. Vale a pena destacar que eles podem guardar um valor fixo da mesada e ainda adicionar a esse valor aquilo que sobrar no fim do mês.

Com a idade, é interessante comentar também sobre investimentos, explicar como o dinheiro rende no banco e até abrir uma poupança para eles, ponto muito importante para a educação financeira infantil.

Ideia de longo prazo

Não adianta dizer para os pequenos que é preciso pensar no longo prazo sem oferecer situações palpáveis para eles.

Por isso, é interessante colocar um objetivo – como a compra de um videogame – e mostrar quantos meses e qual é o valor que precisa ser economizado para consegui-lo.

Fora de casa

É claro que crianças tendem a querer coisas desnecessárias em ambientes de compra, por isso, o ideal é não levá-las todos os meses no mercado com você. Mas, muitas vezes, isso é inevitável. Então, quando acontecer, aproveite a oportunidade para ensiná-los sobre itens essenciais. Converse também sobre a comparação de preços e marcas.

“O mesmo vale para idas ao shopping. Combine, previamente, o valor máximo a ser gasto e os itens que serão comprados”, diz Marcela.

Conforme cresçam, pode ser interessante dar um valor determinado para que eles escolham se vão ao cinema ou irão fazer uma refeição mais cara, por exemplo. Em viagens, isso é ainda mais interessante, já que a oferta de produtos é maior.

Mostre que lazer e consumo têm diferenças. Ensine a diferença entre querer e precisar.

Educação financeira infantil tem a ver com organização!

Todas as famílias possuem contas fixas, como água e luz. Reunir as contas de forma organizada deve ser um hábito constante, assim como mostrar às crianças como funciona a gestão de uma casa.

É importante mostrar as situações do dia a dia, como o controle das despesas obrigatórias. “Vale ir comentando mês a mês se o valor das contas aumentou ou diminuiu e pedir ajuda para economizar quando for o caso”, sugere a economista. “Mostre ainda que os itens de consumo são pagos com o fruto do trabalho dos pais. Aproveite para lembrar do meio ambiente e dos impactos do desperdício para toda a sociedade”, acrescente Vignoli.

Consumo consciente

A primeira regra para dosar o consumo é pensar na real necessidade do produto, diferenciando-a do desejo. “O segredo é o equilíbrio. Existem momentos para cada coisa. O importante é saber identificar”, destaca Vignoli.

Por dentro da situação financeira de casa

É importante que as crianças conheçam a situação financeira dos pais, saibam a proporção entre o quanto de dinheiro entra e o quanto sai por mês – e se estão em uma situação confortável ou não. Dessa forma, fica mais fácil dela respeitar os limites e entender frases ditas pelos pais do tipo “esse mês não temos mais dinheiro, vamos ter que deixar para outro momento”.

A questão financeira não deve ser considerada um tabu, mesmo em situações difíceis. Isso porque o dinheiro faz parte do dia a dia de todos e evitar discutir o tema só prejudica o posicionamento dos pequenos em relação a isso.

A educação financeira infantil deve se iniciar a partir do momento em que o desejo de consumo começar a se fazer presente. “Dizer não também é educar. Se os pais não aprenderem a dizer não, a vida se encarregará desta tarefa e aí tudo será muito mais difícil”, aponta Vignoli.

Fonte: Meu Bolso Feliz

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