5 competências comportamentais que fazem estagiários terem destaque.

 

Como conseguir um emprego sem ter experiência? E como adquirir experiência sem ter um emprego? Para dar os primeiros passos na carreira profissional, os estágios e programas de trainees são grandes oportunidades. Mas nem sempre é fácil destacar-se na seleção e depois dela.

Em alguns casos, os processos seletivos têm dezenas de competidores. E, além dos requisitos técnicos e formativos, muitas empresas ainda avaliam detalhadamente as características comportamentais dos candidatos. Sem contar que, durante o estágio, a avaliação da conduta e das atitudes do estudante passa a ter um peso ainda maior.

É claro que é importante que o candidato ou estagiário esteja sempre buscando o conhecimento e atualizando-se. Mas as competências comportamentais podem fazer a diferença para garantir a vaga de trainee ou até para ser efetivado.

Quer saber que perfil de estagiário costuma se destacar nos processos seletivos e na hora de ser contratado? Confira estas 5 dicas fundamentais:

1  – Comprometimento: isso é básico

Demonstrar comprometimento é essencial, desde o momento da entrevista. Prepare-se para a seleção, leve todos os documentos solicitados, chegue antes e coloque-se à disposição se tiver que esperar ou remarcar.

No dia a dia do estágio também é fundamental cumprir com horários e tarefas. Mas quem se destaca é quem vai além disso. A pontualidade, por exemplo, é muito mais valorizada na entrada do que na saída. Esperar com ansiedade a hora de ir embora ou deixar atividades por fazer só porque acabou seu horário não são atitudes bem vistas.

A consultora da Cia de Talentos, Milie Haji, comenta: “O próprio estagiário não pode falar que ele é apenas o estagiário para se justificar. Ele deve ter atitudes como qualquer membro da equipe”.

A observação da especialista nos leva, ainda, a outra característica muito valorizada em estagiários e também em profissionais:

2  – Não se baseie na remuneração

Muita gente procura um estágio como forma de financiar os estudos ou para começar a ter uma renda própria. Porém, é preciso reconhecer que os programas de estágio e de trainee não têm a remuneração como foco principal. O objetivo maior é o aprendizado, o desenvolvimento profissional.

Basear seu esforço no valor recebido não é uma atitude frutífera. Em geral, é preciso demonstrar que você pode fazer mais para que a empresa reconheça que vale a pena oferecer uma remuneração melhor ou uma contratação.

Ir além do bom cumprimento das tarefas que lhe forem encarregadas é o que se espera de um bom profissional (ou de um estagiário que almeje essa nomeação). Ter autonomia, tomar iniciativas e ser proativo são atitudes de destaque.

Exemplo claro disso é dado pelo gerente de aquisição de talentos da Mondelēz Brasil, Davi Bufalo, que diz: “Estamos em busca de pessoas que façam acontecer, precisamos de estagiários que tenham iniciativa, contribuam com sugestões, questionem o status quo e estejam dispostos a se conectar com pessoas”.

Refletir sobre essas questões também ajuda a destacar-se na seleção. Você pode, por exemplo, pesquisar antes sobre a empresa e demonstrar algum conhecimento sobre seus clientes ou sobre o mercado. Além disso, procure agir de acordo com o perfil da instituição, considerando desde a vestimenta até o modo de falar. Por outro lado, procure mostrar-se mais interessado no aprendizado que terá do que na remuneração. Mas não deixe de esclarecer eventuais dúvidas. Aliás, vamos falar melhor sobre isso:

3  – Sobre perguntar e saber ouvir

Ter dúvidas é normal, principalmente, quando se está iniciando algo. Em casos assim, pergunte. É melhor perguntar antes do que equivocar-se na realização de uma tarefa ou atividade por não ter esclarecido sua dúvida. Portanto, pergunte e saiba ouvir com atenção tudo que dizem.

Exercitar a escuta e a observação atenta também é fundamental. Mesmo que você não concorde com o que é dito, é importante saber ouvir.

Um caso interessante em que se aplica esse exercício do diálogo são os feedbacks. É positivo que, após um par de meses no estágio, o trainee peça ao seu líder uma avaliação sobre o trabalho que vem realizando.

A analista de treinamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), Grecia Daniel, comenta: “É importante o novo colaborador não querer pular etapas e achar que sabe fazer tudo. A Geração Y é conhecida como uma juventude ansiosa e com grandes ambições de rápida ascensão, contudo, o conhecimento vem com a prática”.

Saber ouvir críticas é essencial na hora de entender o que você precisa melhorar para evoluir como profissional. E esse tipo de competência comportamental também pode ser demonstrado durante as entrevistas. Caso receba uma crítica ou até uma resposta negativa à seleção, procure mostrar-se receptivo, interessado em melhorar e disponível para uma próxima oportunidade.

4  – Ideias pra que te quero

Mentalidade de inovação e abertura para mudanças são comportamentos muito valorizados no mercado, assim como a proatividade na hora de dar ideias e sugerir novos pontos de vista.

Um bom exemplo vem do profissional Alessandro Veiga de Oliveira, que entrou na Dasa em 2016 como trainee e, atualmente, é gerente de produção dessa companhia farmacêutica. Ele orienta: “Questione sempre, seja curioso, vá atrás, seja independente e autônomo. Essa é uma fase que temos liberdade para aprender e tempo para errar. Lembre-se que você trará as soluções para os problemas da empresa. Aproveite essa oportunidade para conquistar a sua visibilidade e crescimento pessoal/profissional.”

Por outro lado, a gerente executiva da Page Talent, Manoela Costa, alerta que há uma diferença entre dar ideias e palpitar. Segundo ela, “palpite em excesso transmite a impressão de alguém que fala por falar, quase que distraidamente, sem compromisso com  a realidade prática. O estagiário deve sempre estar pronto para dar sugestões. A sugestão pede reflexão, o palpite, não. É fundamental ter isso em mente.“

Ou seja, não se trata de ter sempre ideias prontas nem de ter sempre resposta ou solução para tudo, mas sim de refletir, criar e sugerir ideias que sejam realmente aplicáveis e produtivas para a empresa.

5  – Trabalho em grupo e networking

Manter um bom relacionamento com a equipe é uma das competências comportamentais mais buscadas por gestores em todo tipo de profissional, além de ser uma oportunidade para os próprios trabalhadores.

Profissionais educados, acessíveis e confiáveis contribuem para que a empresa tenha um dia a dia mais tranquilo e produtivo. É favorável demonstrar esse tipo de qualidades desde o processo de seleção.

Competências relacionadas ao trabalho em grupo – como a capacidade de escuta, a concatenação de diferentes pontos de vista e a capacidade de entrar em acordo – também são habilidades muito valorizadas. Afinal, é importante ter iniciativa e saber tomar decisões de forma autônoma, mas é igualmente essencial saber juntar forças por objetivos comuns em prol de melhores resultados.

Cultivar bons relacionamentos pode, ainda, converter-se em uma vantagem competitiva para o próprio trabalhador, já que é assim que se consegue um bom networking. Esses contatos profissionais podem ser muito úteis caso o estagiário não seja efetivado ou até para indicar-lhe a futuras oportunidades.

Fonte: O Seu Dinheiro Vale Mais

 

 

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