Indicadores, tendências e muitas dicas para você analisar.

 

Seja para realizar o sonho da casa própria, para ter um novo espaço para a sua empresa ou até como uma forma de investimento, comprar um imóvel é um plano que consta na lista de desejos de muitos brasileiros.

Como se trata de uma transação que envolve valores relativamente altos, o financiamento é a modalidade de compra mais usual – o que ainda costuma caracterizar essa aquisição como de longo prazo.

Para fazer um bom negócio, portanto, é preciso levar em conta o histórico e as tendências do mercado imobiliário, assim como a possível variação dos índices econômicos e valores envolvidos, além de outros fatores mais relacionados ao seu orçamento pessoal.

Quer comprar seu imóvel, mas não sabe se este é o melhor momento? Tem dúvidas sobre os efeitos da pandemia no mercado imobiliário brasileiro? Quer conhecer alternativas que podem ser mais vantajosas para o seu bolso? Então, acompanhe a análise a seguir:

O que considerar antes da compra?

Ao planejar a compra de um imóvel, o primeiro fator a analisar é o seu orçamento pessoal ou familiar. Afinal, que porcentagem da sua renda você pode investir na compra de um imóvel?

Nesse sentido, é importante avaliar também que os custos que você terá não se resumem ao valor das parcelas. É preciso pensar nos gastos com mudança, escritura, transferência, pisos, móveis, futuras despesas de condomínio, impostos, etc., assim como em outros dispêndios pessoais ou familiares que podem surgir.

Se a ideia é fazer um financiamento, nesta fase também é válido pesquisar as condições oferecidas por diversas instituições financeiras para essa modalidade de compra. Uma boa dica é incluir as cooperativas financeiras nessa pesquisa (falaremos mais sobre isso adiante).

Tenha em mente ainda que o ideal é dar o maior valor de entrada possível, permitindo reduzir o valor das parcelas a serem pagas e o prazo do financiamento (em outras palavras, reduzindo sua dívida). Oferecer um valor de entrada maior também pode ajudar na aprovação do pedido de financiamento.

Momento de juros baixos

Em 2019, houve um grande aumento no número de lançamentos imobiliários por todo o país em relação ao ano anterior, estimulando também o aumento das vendas.

A soma desses bons resultados com o cenário de queda da taxa Selic (taxa básica de juros) e as medidas de incentivo ao setor anunciadas pelas autoridades econômicas, fez com que o mercado de imóveis começasse 2020 com muitas expectativas positivas.

No primeiro trimestre do ano, porém, apesar do crescimento das vendas (cumprindo com o esperado), o número de novos lançamentos teve retração.

As recomendações de distanciamento social e outras medidas preventivas adotadas em alguns estados também acabaram afetando de uma ou outra forma a construtoras e imobiliárias nos meses subsequentes.

Mas em meados de junho, várias empresas do setor voltaram a contratar, demonstrando que o mercado imobiliário foi um dos menos afetados pela recente crise e tem bom potencial de recuperação.

Para João Teodoro da Silva, presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci Creci), “hoje, temos uma demanda reprimida por imóveis. Ou seja, muitos deixaram de comprar por causa do isolamento social, não porque não podem. (…) A demanda foi reprimida, mas continua latente. Assim que a economia voltar a funcionar, essa demanda explode.”

O presidente também opina que se trata de um ótimo momento para comprar um imóvel, reforçando que “nunca na nossa história tivemos juros oficiais (Selic) de 3% ao ano nem inflação tão baixa, na casa dos 2,2% ao ano”.

O IGP-M e o preço do aluguel

Além de funcionar como um indicador macroeconômico, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) também é usado como indexador de alguns contratos e tarifas de serviços, sendo popularmente conhecido como “inflação do aluguel”, já que é adotado como base para o cálculo do reajuste anual de muitos desses contratos.

Portanto, para quem vive de aluguel e está pensando em comprar um imóvel, esse é um dos fatores importantes a se considerar, principalmente, porque o IGP-M  tem apresentado altas expressivas nos últimos meses.

Para ter uma noção, é válido saber que o IGP-M acumulado no ano em dezembro de 2017 era de -0,53%; no mesmo mês de 2018, chegou a 7,55%; fechou 2019 em 7,32% e, este ano, até outubro, o IGP-M acumulado já é de 18,10%.

Com isso, quem aluga um imóvel com valor de reajuste calculado com base no IGP-M deve preparar-se para um aumento de custo superior ao dos últimos anos.

Esse pode ser outro estímulo à decisão de comprar um imóvel. Mas não deixe de analisar suas contas, planejando-se bem para essa aquisição, com consciência de que talvez você ainda precise arcar, paralelamente, com os custos do aluguel e da compra do imóvel durante certo período.

Tendências

De acordo com a pesquisa “A influência do Coronavírus no mercado imobiliário brasileiro”, apresentada em julho pelo Grupo ZAP – especializado em inteligência para o mercado imobiliário –, a procura por imóveis já voltou a ganhar velocidade no país.

O cenário de juros baixos e a demanda reprimida devem contribuir para que essa busca siga aumentando nos próximos meses.

Vale observar também que, com a rentabilidade da renda fixa afetada pelos juros baixos e as incertezas do mercado influenciando ainda mais a renda variável, vários investidores têm optado pela compra de imóveis como forma de aplicação de suas reservas.

Só que, se a demanda aumenta, os imóveis se valorizam e, com isso, os preços tendem a subir. Sobre o tema, o empresário Antonio Setin, criador da incorporadora Setin, opina ainda que os custos da construção civil devem também contribuir para a alta no preço dos imóveis nos próximos meses.

Por outro lado, a pesquisa do Grupo ZAP revela que grande parte dos consumidores e trabalhadores do setor têm expectativa de que os preços diminuam um pouco.

Além disso, o estudo também explica que, diante do novo cenário, os consumidores passaram dar maior valor a outros tipos de características dos imóveis, como a existência de varanda e vista livre, assim como aos ambientes mais bem divididos.

A experiência de trabalhar em casa – que deve continuar sendo tendência – também leva os compradores a considerar fatores como o espaço para montar um escritório em casa (home office), a tranquilidade sonora oferecida pelo projeto acústico e até a necessidade ou não de viver perto da empresa em que trabalha.

Financiamento em cooperativas

Desde novembro de 2019, as cooperativas financeiras também passaram a ser autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) a disponibilizar o financiamento imobiliário para seus associados.

Ótima notícia para quem busca por melhores condições de financiamento.

Afinal, você sabia que as cooperativas não têm fins lucrativos e são reconhecidas por oferecer taxas muito menores?

Sabia que, em um cooperativa, você é um dos donos, podendo participar das decisões e também das sobras da instituição?

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Fonte: O Seu Dinheiro Vale Mais

 

 

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