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Você já ouviu falar em pirâmides financeiras? Diferentemente do esquema de pirâmides chamados de marketing multinível, essas não vendem produtos, mas investimentos. “Elas prometem rendimentos que podem chegar a mais de 10% ao mês, bonificam quando você indica amigos e não detalham aonde investem. Também não são cadastradas junto aos órgãos fiscalizadores”, avisa Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Muitas já quebraram e fecharam as portas, enquanto novas surgem – agora, prometendo também investimentos em criptomoedas, como Bitcoins, prática não recomendada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

E, por essas empresas não serem regulamentadas, diante de uma falência, o dinheiro do investidor não está garantido, conferindo prejuízos – e, muitas vezes, desestabilizando toda a vida financeira dele!

Como identificar pirâmides financeiras?

As pirâmides financeiras possuem algumas características fáceis de serem identificadas. Primeiro, prometem retornos muito rápidos e muito altos: algumas oferecem rendimentos de até 10% ao mês. “Se os juros prometidos estiverem muito acima da Selic (6,5% ao ano), desconfie”, diz Marcela.

Outro fator para ficar ligado é a insistência para que o investidor convide os amigos para participar do esquema, com a promessa de ganhar uma comissão sobre a taxa de adesão dos entrantes ou sobre os rendimentos que eles obtiverem. Aliás, a própria cobrança da taxa de adesão já deve deixar o consumidor alerta.

Por cautela, sempre que receber uma oferta de produto ou serviço financeiro que desconheça, procure instituições autorizadas pelas entidades governamentais responsáveis, como o Banco Central e a CVM. “Caso eles tenham alguma restrição com relação à instituição, o recomendável é não investir”, indica a economista.

Por que as pirâmides financeiras não são investimentos?

Um investimento, em termos econômicos, é capital que se aplica com o intuito de obter rendimentos a prazo, como a compra de um ativo financeiro com a expectativa de que ele se valorize no futuro ou gere renda ao longo do tempo.

Já o funcionamento (e o lucro) das empresas chamadas de pirâmides financeiras é dado pelo ingresso e recrutamento de novas pessoas, o que as torna não sustentáveis no longo prazo, já que em algum momento isso se esgota.

Na prática, ao “investir” em uma empresa pirâmide, você paga um valor para entrar no negócio e, depois, ganha uma parcela do ingresso de novos integrantes indicados por você.

“É muito provável que o dinheiro esteja apenas percorrendo toda a pirâmide até o topo, ou seja, seus idealizadores. Isso quer dizer que mesmo que seja possível ganhar algum dinheiro com esta modalidade, o resultado mais provável é a perda do capital”, diz Marcela.

Caiu nessa? Veja o que fazer

A prática de pirâmides financeiras é considerada crime no Brasil. “Caso se sinta prejudicado, você pode ir a uma delegacia prestar queixa ou ainda procurar um advogado para que ele o auxilie na busca pela reparação”, aconselha o advogado especialista em direito do consumidor, Edgard Dolata.

Caso você já tenha investido parte do dinheiro no esquema, transfira os valores para uma instituição segura imediatamente.

Como saber se uma instituição financeira é segura?

Instituições financeiras, como bancos e corretoras, fazem o intermédio entre o consumidor e um serviço financeiro, como um investimento, um financiamento, um empréstimo ou outros serviços. Elas sempre devem ter registro no Banco Central ou na CVM.

Se lhe foi ofertado algum “investimento” que funciona como pirâmide, verifique se a instituição tem registro na autoridade competente. Caso negativo, não entre nessa!

Fonte: Meu Bolso Feliz

 

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Postado por Blog Sicoob Credpit

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